Amigos de Deus – 5

A Índia é um país imenso. Hoje tem a maior população do planeta. Tive oprivilégio de visitar duas cidades ao norte e uma ao sul. Na Índia, nasceu em 3 de setembro de 1889 e morreu em 1929 um simpático homem, seguidor de Jesus Cristo. Chamava-se Sadu Sundar Singh.
Desde sua infância buscava, com o apoio de sua sábia mãe, o caminho daverdadeira vida, a vida interior, a vida espiritual. Mesmo sendo criado numa família rica, procurava respostas no seu íntimo. Buscava a paz para sua alma. Procurou nas religiões locais, e não encontrou. Até que um dia, de madrugada, teve um encontro com Jesus, que a ele se revelou.
A partir daí decidiu se render a Jesus Cristo. Sua família o rejeita. A princípio tenta convencê-lo a abandonar a fé cristã, mas depois, vendo que ele seguia sem abandonar a fé, lhe expulsaram de casa, da mansão onde vivia. Antes tentarem matá-lo com um prato de comida envenenado.
Ele sobreviveu, e a tudo deixou. Na tradição local, tornou-se um Sadu, conhecido como um homem santo, que vai de vila em vila, apregoando mensagem espiritual. Como todo Sadu indiano, vestia-se com um manto alaranjado, e vivia da caridade das pessoas. Alguns lhe ajudavam com alimentos e abrigo, outros lhe insultavam e agrediam ao descobrirem que sua mensagem falava de Jesus Cristo.
Tornou-se amigo íntimo de Cristo. Passava horas em sua presença, chegava a entrar em extase espiritual, e foi a cada dia mais se tornando semelhante a Ele. Como aliás, acontece com todos que gastam tempo com Jesus. As pessoas são transformadas à semelhança de Deus, não pela religiosidade, mas pela convivência pessoal com Jesus. As preferências, as atitudes, as ações, as prioridades, os pensamentos, os desejos… tudo vai sendo transmutado. Os valores do sistema desse mundo não mais o enganavam. Ele via o mundo com os olhos espirituais, iluminado pela sabedoria Divina. Por fim, morreu jovem, mas feliz, ficou conhecido como o Apóstolo dos Pés Sangrentos, pois caminhava descalço e não raro feria os pés. Sua última caminhada foi rumo aos elevados picos das montanhas no Tibet, no norte indiano, onde pouco ou nada se conhecia do cristianismo. Mesmo sabendo que ali encontraria ferrenha perseguição religiosa, para lá partiu, levando a mensagem de Cristo.